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Este artigo analisa as relações de gênero vivenciadas por casais de alta escolaridade em Belo Horizonte (MG) e a satisfação de cada parceiro com esta situação, identificando possíveis tensões e desigualdades nestas percepções. Para isso utilizaram-se dados de entrevistas em profundidade realizadas com 31 casais com nenhum, um ou dois filhos; em que a mulher possuía nível superior ou mais de escolaridade, residentes em Belo Horizonte (MG) em 2013. Pode-se verificar que, apesar da alta escolaridade, as mulheres continuavam a serem mais responsáveis e responsabilizadas por seus parceiros pelos cuidados com os filhos, tarefas domésticas e decisões diárias. E para aquelas que vivenciavam relações de gênero mais equânimes ou inversas, existia um sentimento de culpa, indicando uma persistência de valores tradicionais e desiguais no âmbito da vida conjugal. Novamente se constata que a revolução de gênero, mesmo para um grupo de vanguarda da segunda transição demográfica, continua sendo incompleta.